"Não
se faz Hospital com Copa do Mundo, mas se faz Copa do Mundo com dinheiro de
Hospital" Gari no RJ.
“ Se não houver direitos não vai ter copa” é o grito que ecoa em
várias partes do país. Ter direito a saúde foi uma das pautas importantes nas
manifestações de junho de 2013 e hoje, em ocasião da copa do mundo, ela é uma
das reivindicações principais da população brasileira.
O Fórum em defesa do SUS - contra a privatização da saúde pública de MG,
nasceu em 2011, em um período de lutas na cidade. Teve como objetivo a
articulação de esforços para o enfrentamento do processo de privatização da
saúde em B.H, Parcerias públicas privadas, durante
a conferência Municipal de saúde. O Fórum orienta-se pelos
princípios desenvolvidos, nos anos 80, pela Reforma Sanitária. O movimento
reitera a completa impossibilidade de tratar a saúde como mercadoria e denuncia
que o processo de inovação no modelo de gestão da saúde no Brasil promove uma
realidade, a cada dia, mais distante da proposta Constitucional, uma vez que
não contribue para a construção de um Sistema Único de Saúde essencialmente
público e de acesso universal.
É certo que consolidar um Sistema de saúde com tais características
(essencialmente público e com a garantia acesso universal) não é tarefa fácil e
exige compromissos fundamentais. Esses vão desde a construção de uma estrutura
de financiamento coerente, que não garanta privilégios ao setor privado por
meio isenções fiscais, passando pela reorientação do modelo de atenção à saúde,
sem deixar de lado o oferecimento de condições adequadas de trabalho e sem
descuidar de consolidar uma regulação capaz de garantir que setor privado
esteja voltado ao atendimento das necessidades em saúde da população.
O fato, no entanto, é que esses compromissos nunca foram assumidos de
forma plena, sobretudo, porque não houve disposição para estruturar políticas
com a capacidade de romper com a histórica dependência do setor privado na área
da saúde. Ao contrário, percebe-se que diversos mecanismos acabam por manter a
mesma linha de tendência.
Nos últimos tempos, com os preparativos para a Copa de 2014, essa recorrente
opção por atender aos interesses do setor privado em detrimento dos interesses
sociais mais básicos têm alcançado níveis mais preocupantes e ganhado mais
evidência em razão das manifestações.
Enquanto a perspectiva
de rendimentos da FIFA é o maior da história. Entrarão US$ 5 bilhões nos cofres
da entidade (cerca de R$ 10 bilhões). O valor é 36% superior em comparação
ao montante obtido com o Mundial da África do Sul (US$ 3.655 bilhões), em 2010,
e 110% maior do que o arrecadado na Copa de 2006, na Alemanha, que rendeu US$
2.345 bilhões, o saldo para a sociedade não é animador: já são oito
trabalhadores mortos nas obras (José Afonso de Oliveira Rodrigues, Raimundo
Nonato Lima Costa, Fábio Luiz Pereira, Ronaldo Oliveira dos Santos, Marcleudo de
Melo Ferreira, José Antônio do Nascimento Antônio José Pitta Martins e Fabio
Hamilton da Cruz), 170 mil famílias removidas e um gasto público relevante que
certamente não contribuiu para atender o interesses coletividade.
Em Minas Gerais, segundo a notícia do jornal O tempo, os 44
milhões repassado pelo governo do Estado à Minas Arena, empresa que
gerencia o Mineirão, daria para custear a saúde pública de um município do
tamanho de Itabira. Na saúde dos turistas na copa o governo envolveu
um investimento de R$ 39 milhões em compra de equipamentos e treinamentos
diversos. Os trabalhadores da saúde de Belo Horizonte e da rede estadual
estão em greve na luta por salário digno e melhores condições de
trabalho.
O que mais
impressiona é a disposição para atender os interesses da entidade que organiza
o evento. Foram diversas exigências atendidas prontamente, mesmo quando em
evidente confronto com a legislação nacional, demonstrando, muitas vezes, a
disposição para abrir mão, inclusive, da soberania nacional. Enquanto isso
demandas históricas da saúde continuam sendo tratadas com completo desprezo,
mesmo diante de relevante apelo popular: é o caso do projeto de lei de
iniciativa popular que, colheu mais de 2 milhões de assinaturas e pretende
ampliar o gasto público em saúde no Brasil.
Diante desse contexto
é que o Fórum em defesa do SUS de MG pretende articular
esforços e deixar claro que a Copa do Mundo não é para a
povo brasileiro. Queremos uma saúde totalmente pública, gratuita e de
qualidade.
Fórum em defesa do
sus e contra a privatização da saúde MG
Junho de 2014
Tenho Um Canal No Youtube De Vlog , e Um Video Que Trata Desse Assunto , Quem Tiver Interesse Vizita Por Favor Não Vão Ce Arrepender
ResponderExcluirO Link : https://www.youtube.com/watch?v=AVZEYAz3xDk